Quando conheci o José Bueno, ele usava um quimono branco e uma longa saia preta que inspirava respeito. E que homem usa saia longa como indumentária, em São Paulo, nesse século, se não para esconder segredos de alguma profunda sabedoria? Depois desse encontro, tive o prazer de sentar com ele para um café com prosa. Dessa vez ele não usava saia, nem sua faixa preta de samurai, mas deixou no ar a aura de mestre, com tudo o que dizia. Fui sabendo dos segredos da filosofia do Aikidô, que regem os passos da vida dele. Ao contrário do que eu poderia esperar, o discurso era pura delicadeza. Quantas surpresas se escondem atrás dos nossos preconceitos… Quantos guerras criamos, inclusive com os filhos e aqueles que mais amamos, em nome da paz?
O Bueno também é arquiteto, artista, consultor e professor. Ele reúne habilidades necessárias a cada um e a todos esses ofícios: o olhar atento, a escuta apurada, a compreensão do ambiente, a comunicação clara, limpa e acolhedora, a tradução dos sentimentos, e vai, assim, inspirando as pessoas que cruzam os seus caminhos.